quarta-feira, 30 de maio de 2012

O PATRIMÓNIO GEOLÓGICO PORTUGUÊS. GEOCONSERVAÇÃO & GEOTURISMO















PATRIMÓNIO GEOLÓGICO

Por Património Geológico entende-se o conjunto de locais e objetos geológicos que, pela sua favorável exposição e conteúdo, constutuem documentos que testemunham a história da Terra, ou seja, a sua geodiversidade. Estes locais designam-se genericamente por locais de interesse geológico (Duque et al., 1983; Elizaga, 1988. Alguns destes locais, pela sua características de raridade, didactismo ou monumentalidade são designados por monumentos geológicos ou geomonumentos. Este património tem merecido nos últimos anos reconhecido interesse, pois sendo constituído por recursos naturais não renováveis, a sua caracterização revela-se de grande importância.


O PATRIMÓNIO GEOLÓGICO PORTUGUÊS

Mesmo sendo um País pequeno, Portugal apresenta uma enorme geodiversidade. A caracterização geológica do território continental é constituida a nível cronológica e da estrutura a nível dos terrenos por quatro unidades estruturais fundamentais a saber:

- A parte Ocidental do Maciço Hespérico (também designado Maciço Antigo ou Meseta Ibérica);

- A Bordadura Ocidental;

- A Bordadura Meridional ;

- A Bacia Sedimentar do Tejo e Sado.

O Maciço Hespérico é uma grande unidade que ocupa a parte central e ocidental da Penínsola Ibérica; tem a forma de umtriangulo cujos vérticis se situam a Noroeste da Galiza (Espanha) perto do Cabo de S. Vicente (no Algarve) e na parte Oriental da Serra Morena (Espanha). Morfológicamente, o Maciço Hespérico apresenta, a Norte um relevo acentuado, com vales encaixados, contrastando com a sua parte Sul onde ocorre uma superfície aplanada, interrompida, por vezes, por alguns relevos pouco acentuados.

Na Bordadura Meridional, repetem-se as características assinaladas pela orla Ocidental. Podem observar-se igualmente grandes massas de rochas vulcânicas (em chaminés, escoadas, diques etc.). Constituidas por basaltos doleríticos, tufos, brechas, etc., em afloramento quase contínuo, de um extremo ao outro do Algarve, próximo do contacto com os terrenos do carbónico.

A Bacia de Sedimentação dos rios Tejo e Sado constitui um conjunto de terrenos que vão do paleogénico à atualidade e localiza-se na parte final das bacias hidrográficas dos referidos rios. As formações cenozóicas são essencialmente constituidas por calcarios, arenitos silitos, argilitos e margas, enquanto que os terrenos mais recentes são predominantemente arenosos e areno-argilosos, de origem aluvionar.
El Huso. Parque Natural del Alto Tajo (Guadalajara) -  Fotografía de Luis Carcavilla - IGME




GEOCONSERVAÇÃO

A Geoconservação consiste na protecção do património Geológico promovendo, simultaneamente, o uso racional desta componente não viva do património natural. Só muito raramente o património geológico tem ganho algum reconhecimento do seu valor, interesse e vulnerabilidade. Com efeito, os exemplos excepcionais de minerais, fósseis, rochas e paisagens, todos eles elementos da geodiversidade, podem enfrentar diversos tipos de ameaças resultantes, quer de processos naturais, quer pela intervenções humanas.

GEOCONSERVAÇÃO EM PORTUGAL

Portugal tem assistido, na última década, a um notável desenvolvimento da geoconservação. A legislação sobre Conservação da Natureza comtempla desde 2008, as noções de giossítio e de património geológico; os programas de ensino básico e secundário começam a abordar conceitos de geoconservação; os cursos de licenciatura de geologia , biologia e geografia têm já disciplinas sobre esta temática; desde 2005 existe na Universidade do Minho, o curso de mestrado dedicado à formação de especialistas em Geoconservação. Ainda é de realçar o interesse demonstrado por diversas autarquias na conservação e promoção do património geológico do respectivo concelho, sendo os melhores exemplos anualmente reconhecidos pela proGEO-Portugal na atribuiçao do prémio Geoconservação.

A geoconservação em Portugal corresponde a uma nova área de especialidade das geociências, compreende os aspetos teóricos e aplicados relacionados com a identificação, avaliação, conservação e gestão de elementos da geodiversidade de excepção valor. Uma estratégia de geoconservação, suportada no conhecimento científico, apoiada nas políticas de conservação de natureza e de ordenamento do território e deve manter ligações sólidas com as questões educativas e de turismo da natureza. À semelhança da tendência internacional, em Portugal tem-se verificado um aumento da relevância da geoconservação que a nível da sociedade em geral, como na comunidade geocientífica. No entanto, urge ainda implementar reais e efetivsas medidas de geoconservação, quer a nível nacional como local.




GEOTURISMO EM PORTUGAL

Geoturismo é já uma realidade em Portugal!
As paisagens comtempladas pelos turistas têm particularidades geológicas que frequentemente passam despercebidas. Para a satisfação de uma parte dos turistas basta a simples contemplação da paisagem, mas a oferta de conhecimentos históricos e científicos relativos ao que observa, é necessária para satisfazer os interesses de muitos turistas da natureza. A base geológica é o fator mais importante na modelação da paisagem que evolui em face da natureza das rochas, da sua deformação tectónica e da forma como se alteram e evoluem sob determinadas condições climáticas. Evidencia ainda que a forma das serras, das planícies, dos vales e muitas outras formas de escala variada, estão fundamentalmente relacionadas com as caracteísticas geológicas do meio. Uma vez que o geoturismo é uma modalidade turística que promove a geodiversidade e sítios de interesse geológico devidamente protegidos e conservados, é essencial saber préviamente o que se entende por Geodiversidade, Património Geológico e Geoconservação.




BIBLIOGRAFIA:

- Azerêdo, A. C. & Crispim, J. A. (1999) - Principais locais de interesse geológico do Maciço Calcário Estremenho, I Seminário sobre Património Geológico Português, Livro resumos, IGM, 112-120.

- Ribeiro,M. L. & Ramalho, M. M. (1997) - Notícia explicativa da carta geológica simplificada do Parque Natural de Sintra, Cascais, INC e IGM, Lisboa, 52 p.

- Castro, P & Moutinho, Z. (2001) - O Património Geológico dos Parques Naturais de Montesinho e do Douro Internacional (NE Portugal): um projeto em desenvolvimento, Congresso Internacional sobre o Património Geológico e Mineiro, Livro de Resumos, Beja, 187-188.

http://www.progeo.pt/patgeol.htm

http://e-geo.ineti.pt/divulgacao/patrimonio/patrimonio.htm

http://www.progeo.pt/inventario.htm










quinta-feira, 17 de maio de 2012

AMEAÇAS À GEODIVERSIDADE & ESTRATÉGIA DE GEOCONSERVAÇÃO


AMEAÇAS À GEODIVERSIDADE

A subsistencia da espécie humana, com os atuais padrões de vida de uma sociedade industrializada, obriga à utilização da geodiversidade e, em alguns casos, à sua destruição.
A maior parte das ameaças à geodiversidade advém direta ou indiretamente da atividade humana. Neste aspecto, não existem grandes diferenças no que respeita às ameaças para com a geo ou a biodiversidade.

A geodiversidade encontra-se ameaçada a diversas escalas e em graus distintos:


EXPLORAÇÃO EXCESSIVA DE RECURSOS GEOLÓGICOS

As atividades de exploração dos recursos minerais conduzem, inevitavelmente, a uma destruição da parte importante da geodiversidade. A obtenção dos mais variados materiais geológicos para sua posterior utilização pelo homem, e consequentemente impacte na geodiversidade, constitui um preço a pagar pelo nível de desenvolvimento e conforto de que as sociedades industrializadas usufruem.

As atividades de exploração de recursos minerais podem constituir uma ameaça à geodiversidade a dois níveis:

          I - Ao nível da paisagem: as explorações a céu aberto em particular, quando não são implementadas estratégias minimizadoras dos impactos que afetem de modo negativo, a paisagem natural da região onde estão implementadas.

         II - Ao nivel do afloramento: a atividade extrativa pode consumir objetos geológicos, como fósseis ou minerais, de valor científico, pedagógico ou outros. Pode igualmente danificar ou destruir formações e estruturas rochosas que tenham, por alguma razão, um valor particular (por exemplo, a destruição de cones vulcânicos).






DESENVOLVIMENTO DE OBRAS E ESTRUTURAS

Praticamente todas as grandes obras induzem impactos negativos sobre a geodiversidade. Desde a abertura de vias de comunicação, passando pela construção de barragens ou de edifícios de grande envergadura, são variados os tipos de intervenções que podem constituir ameaças à geodiversidade.
A recente construção de barragem de Poilão em Cabo Verde é um claro exemplo, pela alteração radical da paisagem, pela ocupação dos solos, pelas modificações induzidas no clima local e consequente influência na fauna e flora. 

Nas sociedades industrializadas, a produção diária de resíduos atinge proporções assustadoras. As antigas explorações mineiras a céu aberto tem sido utilizadas sem preparação técnica para receber resíduos. Este procedimento pode inutilizar locais de grande interesse científico, pedagógico e turístico, sem resolver de modo sustentável, o problema do armazenamento de resíduos.





FLORESTAÇÃO, DESFLORESTAÇÃO E AGRICULTURA

O crescimento da vegetação constitui um fator de ocultação de características geológicas de uma dada região, podendo levar à diminuição dos valores científicos e pedagógicos da geodiversidade.

 A desflorestação, por outro lado, pode ter também efeitos permiciosos sobre a geodiversidade, pois, promove a erosão dos solos. Igual efeito verifica-se após a ocorrência de fogos florestais de grandes dimensões.

A agricultura industrializada pode causar um impacte negativo sobre os solos, uma vez que a utilização de máquinas pesada leva à sua erosão e o uso intensivo de adubos e pesticidas pode contaminar as águas superficiais e subterrâneas.



ATIVIDADES MILITARES

O desenvolvimento de atividades militares, quer de treino, quer no âmbito de acções bélicas, ocorre muitas vezes, em zonas sensíveis, tando para a geodiversidade como para a biodiversidade. Novamente a utilização de maquinaria pesada e os bombardeamentos contribuem para o aumento da erosão de solos e a utilização de munições abandonadas no terreno, pode ter um impacte negativo na qualidade dos solos e águas superficiais e subterrâneas.



ATIVIDADES RECREATIVAS E TURÍSTICAS

Os três últimos tipos de ameaças estão de alguma forma relacionadas entre si e fortemente dependentes da atuação dos cidadãos. O aumento crescente das atividades recreativas e turísticas, em especial aquelas que se desenvolvem em ambientes naturais, coloca a geodiversidade e a biodiversidade sob grande pressão. A utilização de veículos todo-o-terreno em locais senssíveis e com solos frágeis, como as dunas ou zonas montanhosas, pode romper o equilíbrio destas estruturas geológicas, promovendo a sua destruição.
Outro tipo de impactes estão associados a equipamentos turísticos. É o caso de construção de campos de golfe em zonas frágeis do ponto de vista dos recursos hídricos.




ESTRATÉGIA DE GEOCONSERVAÇÃO

A Geoconservação tem como objetivo a preservação da diversidade natural (ou geodiversidade) de significativos aspectos e processos geológicos (substrato) e geomorfológicos (forma de paisagem) e de solo, mantendo a evolução natural desses aspectos e processos. (Sharples 2002).

Muitas são as ameaças à geodiversidade, sendo o homem o principal agente modificador e destruidor de elementos geológicos e geomorfológicos da paisagem. Na tentativa de reverter esse quadro de vulnerabilidade têm sido criadas estratégias visando à conservação da geodiversidade: A GEOCONSERVAÇÃO.

A Geoconservação é um ramo de atividade científica que tem como objetivo a caracterização, conservação e gestão do património geológico e processos naturais associados. (BRILHA 2005).

Para proceder a geoconservação é necessário estabelecer algumas estratégias e estas constituem na concretização de uma metodologia de trabalho que visa sistematizar as tarefas de âmbito da conservação do património geológico de uma determinada área. Brilha propõe uma metodologia de trabalho envolvendo seis etapas:

1 - INVENTARIAÇÃO: é o primeiro passo das estratégias de conservação, momentos em que se inventaria geossítios de características excepcionais, identificando, selecionando e caracterizando-os.

2 - QUANTIFICAÇÃO: quando se quantifica o valor e/ou relevância de um geossítio através de crit´rios que consideram as características intrínsecas, o seu uso potencial e o nível de protecção necessário, complementando as informações de de inventariação.

3 - CLASSIFICAÇÃO: depende da legislação nacional pertinente e os geossítios podem ser classificados em geossítios de ambito nacional, regional, local ou municipal.

4 - CONSERVAÇÃO: tem por objetivo de manter a integridade física do geossítio, ao mesmo tempo que assegura a acessibilidade do público.

5 - VALORIZAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO PATRIMÓNIO GEOLÓGICO: a primeira envolve o conjunto de acções e informações para o público entender a valorizar os geossítios, e o segundo compreende a utilização de recursos variados para ampliar a visão geral da sociedade em relação à conservação do património geológico.

6 - MONITORIZAÇÃO: a última etapa para a conclusão da estratégia de geoconservação que visa a definição de acções voltadas à manutenção do geossítio, sendo importante ferramenta de controle e avaliação que irá gerar dados sobre os fatores que interferem na conservação (BRILHA 2005; LIMA 2008).


SISTEMA TRADICIONAL DE GEOCONSERVAÇÃO
OS SOCALCOS

Os Socalcos agrícolas são estruturas que contrariam a natureza dos declives e permitem ao homem desenvolver atividades agrícolas em locais mais inóspitos. Ao mesmo tempo, por facilitarem a infiltração da água das chuvas, previnem o desencadeamento de riscos naturais e favorece a diminuição do declive da vertente e limitar o escoamento superficial, prevenindo a erosão hídrica e outros riscos inerentes.


BIBLIOGRAFIA:

- GALOPIM DE CARVALHO A.M. (1994) - Dinassáurios e a batalha de carenque, Notícias Lisboa, 291P.
- GRAY M. (2004) - Geodiversity: valuing and conserving abiotic nature. John Wiley and Sons, Chi chester, England 434p.

- BRILHA, j, património geológico e geoconservação - a conservação da natureza na sua vertente geológica. Braga: palimage, 2005. 109p.

- LiMA, F:F: de. proposta metodológica para a inventariação do património geológico Brasileiro. 2008.

-
SIMPOSIO INTERNACIONAL SOBRE A PROTECÇÃO DO PATRIMÓNIO GEOLÓGICO, 1. , 1991,

- VIEIRA, A.; CUNHA, L.Património geológico - tentativa de sistematização, (200-?).

- http://fottus.com/pessoas/nazismo-100imagens/

- http://pt.scribd.com/doc/7054726/socalcos-poios-ilha-da-Madeira


sábado, 5 de maio de 2012

A GEODIVERSIDADE - CONCEITOS E VALORES




                        Fotografia aérea do vulcão pico do fogo (Ilha do Fogo - Cabo Verde)                           


       Movimento do derrame das lavas da erupção ocorrida em 2 de Abril de 1995 (ilha do Fogo)

O termo Geodiversidade começou a ser divulgado recentemente, na década de 1990, por geólogos que buscavam estudar a natureza na sua vertente geológica. Não é fácil dizer ao certo quando é que o termo foi utilizado pela primeira vez, mas sabe-se que os primeiros trabalhos foram realizados na Austrália e principalmente no Reino unido, em 1993, aquando da conferência de Malvern sobre Conservação Geológica e Paisagística. (BRILHA, 2005).

Por Geodiversidade, entende-se a variação natural dos aspectos geológicos (rochas, minerais, fósseis); geomorfológicos (formas e evolução de relevo) e do solo. É importante salientar que a Geodiversidade não inclui apenas elementos abióticos na natureza, mas também os bióticos (ARAÚJO, 2005).

AZEVEDO (2007) define a Geodiversidade como a variação litológica das rochas, os processos geológicos, a diversidade dos solos e como as floras estão dispostas na superfície da terra.

Para a Associação Europeia para a Conservação do património Geológico (PROGEO) e para a sociedade Real da Conservação na Natureza do Reino Unido, Geodiversidade consiste na variedade de ambientes geológicos, fenómenos e processos ativos geradores de paisagem (relevo), rochas, minerais, fósseis, solos e outros depósitos superficiais que constituem a base da vida na terra (AZEVEDO, 2007).

A Geodiversidade ainda pode ser definida como o resultado dos processos interativos entre paisagem, a fauna,a flora e a nossa cultura. A geologia determina a distribuição dos habitats, das espécies e dita como o homem organiza o seu aspecto geográfico. Porém, o interesse pela Geodiversidade ainda é diminuta por parte da sociedade, uma vez que os termos geológicos não estão na linguagem quotidiana e são pouco usados por outros profissionais, pelo que torna-se necessário adaptar o vocabulário geológico, conservando o valor científico, à divulgação e conservação.



    Consolidação das lavas esfriadas - parque natural de Chã das caldeiras (ilha do Fogo-Cabo Verde)


GEOCONSERVAÇÃO  - (também designada Conservação do Património Geológico). A sua definição tem sido alvo de alguma controvérsia desde que o termo começou a ser utilizado nos anos 90, não havendo consenso quanto à sua definição.
A Geoconservação é um conceito que constitui uma corrente de pensamento que defende a necessidade de por em prática políticas que defendam a conservação da Geodiversidade com base nos seus valores. (WILSON 1994). O seu principal objetivo é a presevação da diversidade natural (ou geodiversidade) de significativos aspectos e processos geológicos (substrato), geomorfológicos (formas de paisagem) e de solo, mantendo a evolução natural (velocidade e intensidade) desses aspetos e processos. No sentido mais amplo, tem como objetivo a utilização e gestão sustentável de toda a geodiversidade, englobando todo o tipo de recursos geológicos.

SHARPLES (2002) e posteriormente GRAY (2004) sistematizam os valores associados à Geodiversidade (valor intrínseco, cultural, estético, económico, funcional e científico).

A Conservação está diretamente associada aos valores, pois, o homem só conserva quando considera que o objeto a preservar pode ter algum valor.


OS VALORES DA GEODIVERSIDADE

O ato de proteger e de conservar algo justifica-se porque lhe é atribuido algum valor que pode ser de ponto de vista económico, cultural, sentimental, ou outro.
Com objetivo de fundamentar a necessidade de conservação da Geodiversidade, vários autores tentam evidenciar os seus valores e interesses, utilizando sobretudo as propostas de GRAY(2004).

Valor intrínseco: A Geodiversidade deve ser protegida, tendo em conta a sua importancia para a vida na terra. Desta forma, terá um valor intrínseco independentemente da sua maior ou menor valor para o homem.

Valor cultural: O seu valor cultural é conferido pelo homem quando se reconhece uma forte interdependencia entre o seu desenvolvimento social, cultural e /ou religioso e meio físico que o rodeia.

Valor estético: constitui uma atvidade de lazer, pois, é inegável que todas as paisagens naturais possuem algum tipo de valor estético, quer as excursões turísticas, quer os passeios de lazer em família, visam locais onde é possível a observação de paisagens.

Valor económico: o reconhecido valor económico da Geodiversidade é algo mais objetivo e compreesível, pois é óbvio que as rochas, os minerais, os fósseis tenham também o seu valor e a civilização humana sempre dependeu da utilização de materiais geológicos.

Valor funcional: pode ser encarado sob duas perspetivas:
1. o valor da Geodiversidade de caráter utilitário para o homem;
2. o valor da Geodiversidade enquanto substrato para a sustentação dos sistemas físicos e ecológicos na superfície terrstre.

Valor científico: a Geodiversidade apresenta um valor científico na medida em que permite a investigação científica em termos geológicos, possibilita o conhecimento e interpretação da Geodiversidade e a recontruir a longa história da terra.

Valor educativo: permite o contato direto com a Geodiversidade e a formação de geólogos e de outros profissionais que podem ter alguma relação com as ciências da terra.





PATRIMÓNIO GEOLÓGICO - é definido pelo conjunto dos geossítios inventariados e caracterizados numa dada área ou região. Pode ser definido ainda como um georecurso não renovável, que, pelo seu valor cultural, estético, económico, funcional, científico e educativo, deve ser preservado para as gerações vindouras (BRILHA 2005). Neste contexto, importa conhecer as ameaças a que está sujeito; definir as acções que assegurem a sua protecção; implementar medidas de geoconservação e integrar aquelas acções em políticas que promovam, de forma integrada e sustentável, a valorização do património geológico e o seu usufruto por parte das populações. Pode ser ainda considerado como mais uma componente para o desenvolvimento económico dos espaços naturais, permitindo acrescentar a expressão georecurso, entendido como conjunto de elementos, lugares e espaços de valor geológico que atendam ao menos uma das condições: elevado valor científico que justifique protecção/gestão específica; susceptibilidade de uso objetivando incrementar a atratividade sobre uma região.





GEOTURISMO - HOSE (2000), define o Geoturismo como "a provisão de facilidades interpretativas e serviços para promover o valor e os beneficios sociais de lugares e materiais geológicos e geomorfológicos, assegurando sua conservação, para uso de estudantes, turistas e outras pessoas com interesses recreativos ou lazer". A base de desenvolvimento do geoturismo é a valorização do património geológico como principal atrativo turístico, exercendo suporte para atividades de educação ambiental (interpretação) e divulgação desse património para a população e para os visitantes.

 RUCHKYS (2007) define como: "um segmento da atividade turística que tem o património geológico como seu principal atrativo e busca a sua protecção por meio da conservação de seus recursos e da sensibilização do turista, utilizando a interpretação desse património, tornando-o acessível ao público, além de promover a sua divulgação e o desenvolvimento das ciências da terra.

O Geoturismo interfaceia com diversas outras vertentes do turismo de natureza, mas, por seu caráter educativo, exige uma boa preparação, que inclui não apenas o nível de informação a ser passado, mas também a linguagem a ser usada.






GEOPARQUE - (um outro modo de entender a Conservação da Natureza): é uma área com expressão territorial bem definidos, que possi um notável Património Geológico, associado a uma estratégia de desenvolvimento sustentável. Assim, o Geoparque integra um número significativo de sítios de interesse geológico que, pelas suas peculiaridades ou raridade, apresentam valor ou relevância científico, educativo, cultural, económico, turístico, cénico ou estético e paisagístico. Estes locais podem, também, possuir outros motivos de interesse e valor ecológicos, históricos e culturais, parques temáticos e outras infra-estruturas afins, que deverão estar ligados em rede. Um Geoparque, dada a sua natureza, deverá cumprir com objetivos de Conservação; Educação e Desenvolvimento Regional.

Apesar de caráter fundamental que desempenha, um geoparque é tanto mais rico quanto mais conseguir agregar outros tipos de património, tanto a nível da biodiversidade, como a nível cultural. Localizado normalmente em zonas rurais, os geoparques baseiam parte da da sua estratégia de gestão no geoturismo e na promoção dos valores culturais.

BIBLIOGRAFIA
BRILHA, J., 2005. património geológico e geoconservação: a conservação da natureza na sua vertente geológica. palimage (Ed), viseu; 190P.;

GRAY, M., 2004. Geodiversity. Voluing and Conserving Abiotic Nature. John Wiley & Sons Ltd (Ed), WK; 434p.

PEREIRA, D., J. BRILHA e P. PEREIRA, 2008. Geodiversidade: valores e usos: Universidade do Minho, Braga; 15p.

Delegação do Ministério do ambiente e agricultura na Ilha do Fogo

http://www.polemikos.com/?p=626
http://www.apdr.pt/congresso/2009/pdf/Sessão%2033/168A.pdf
http://www.dct.uminho.pt/mest/pgg/docs/tese_alfama.pdf
http://www.cogumelolouco.com/as-mais-lindas-cachoeiras-pelo-mundo-25-imagens/

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Atividade 2 - Ameaças à Biodiversidade

As tartarugas marinhas


São répteis que vivem nos oceanos em áreas tropicais e subtropicais. Existem sete espécies de tartarugas marinhas: (tartaruga-oliva, tartaruga cabeçuda, tartaruga verde, tartaruga-de-pente, tartaruga-de-kemp,
tartaruga-de-couro e natator depressus).

O tamanho das tartarugas marinhas adultas pode variar de 1m até 2m de comprimento, caso da tartaruga-de-couro ou tartaruga gigante. Indivíduos adultos desta espécie podem atingir até 600kg.

Esses répteis alimentam-se, principalmente de medusas, camarões, esponjas e águas vivas.

Quase todas as espécies são migratórias e conseguem se orientar pelos pólos magnéticos do planeta.

As fêmeas atingem a maturidade sexual por volta dos 30 anos de idade. Nesta fase, ela retorna para a praia onde nasceu para depositar ovos. Estima-se que entre 100 filhotes nascidos, apenas um chegará a vida
adulta.

Possuem um comportamento solitário e vivem grande parte do tempo submersas nas águas do oceanos.

O acasalamento das tartarugas ocorre nas águas costeiras ou profundas dos oceanos.

Em função da caça predatória por vários anos, grande parte das espécies encontra-se em situação de extinção.



Protegida, mas ameaçada!

Apesar de estarem protegidas por diversas leis e convenções internacionais, as tartarugas marinhas enfrentam diversas ameaças, encontrando-se em grave perigo extinção. Em Cabo Verde, as principais ameaças naturais são a predação de ninhos pelos carangueijos; a inundação de ninhos pelas marés; gatos e corvos, para as tartaruguinhas; e tubarão para as adultas. No entanto, a tradição de consumir carne de tartaruga, a pesar de ilegal, é a principal ameaça das tartarugas em Cabo Verde. Trata-se de "atividade que a população local vem praticando desde a povoação das ilhas, e o consumo da carne de tartaruga faz parte da tradição.




São várias as ameaças À Biodiversidade

Ameaça às Tartarugas Marinhas

O Homem como predador

Em alguns Países, nomeadamente os lusófonos, ainda é hábito comum matar as tartarugas marinhas para se consumir a carne e usar a carapaça para ornamentos como pentes, pulseiras, anéis ou colares.
Geralmente as tartarugas são capturadas quando procuram a praia para desovar. A sua carne é ainda considerada como um afrodisíaco, sendo uma iguaria em muitas culturas. As tartarugas têm sofrido inúmeras ameaças, principalmente a partir de interferencias do homem, que vão desde a pesca incidental, à ocupação e  desenvolvimento desenfreado do litoral, até à degradação do meio ambiente, com vazamento de poluentes, resíduos químicos e lixo no solo, na atmosfera e nos oceanos.




Predadores naturais

Na natureza, as tartarugas marinhas enfrentam uma série de obstáculos durante o seu ciclo de vida na luta pela sua sobrevivência. Predadores tais como aves, cão, caranguejos e formigas alimentam-se de ovos e filhotes ainda no ninho ou quando emergem, assim como uma série de outros predadores quando iniciam a sua longa caminhada pelo oceano.
Após atingirem a maturidade, as tartarugas marinhas são relativamente imunes à predação, com excepção do ataque ocasional de tubarões ou orcas. É na época de desova, que as tartarugas marinhas se tornam mais vulneráveis, e podem ser atacadas pelo homem ou por outros animais. No entanto, existem muitas outras ameaças além das naturais, que poderão provocar a extinção das espécies. Para compreender o que realmente ameaça a sobrevivência das tartarugas, é importante controlar as acções dos seres humanos.






Turismo e ocupação do litoral

A implantação de grandes impreendimentos turísticos e o crescimento de áreas urbanas próximas das praias, têm vindo a provocar grandes alterações nas condições naturais das áreas de desova. Os principais problemas gerados por este tipo de ocupação são iluminação artificial, o sombreamento das praias, o transito de veículos, a criação de animais domésticos e a extracção mineral.
A reposição artificial de areia nas praias devido à erosão das mesmas, pode também ser um grave problema para as tartarugas marinhas, pois a areia ali colocada pode ter características diferentes que poderão interferir na construção de ninhos pelas femeas e no ambiente de incubação dos ovos. Os prédios altos e as plantações podem também aumentar significativamente o sombreamento nas praias de desova, diminuindo a temperatura média na areia, interferindo na proporção natural de filhotes que nascem.



Poluição luminosa

A presença de luzes artificiais lesivas, ou poluição luminosa, é uma ameaça para as femeas que procuram as praias para desovar, assim como para os filhos recém saídos do ninho. As tartarugas marinhas utilizam sinais visuais subtis, relacionados comparativamente com o brilho, em condições naturais do orizonte em alto mar, para se orientarem da praia para a linha de água. Pontos de luz, que sejam mais fortes que a luz natural refletida no mar, desorienta as tartarugas, não as permitindo alcançar o mar.




Atividade pesqueira


A modernização e a intensificação da atividade pesqueira, voltadas para o consequente aumento no esforço da captura, além de pressionar os ecossistemas marinhos tem acentuados os índices de captura incidental e a mortalidade das tartarugas marinhas. Muitas vezes as tartarugas emalham-se incidentalmente nas redes de pesca e acabam por morrer por afogamento, mutiladas pelas redes, ou por ingestão de anzóis.


As praias de areia das ilhas Cabo verdianas são o segundo local do Atlantico Norte para as posturas da tartaruga comum, e um dos mais importantes a nível mundial. Por isso, Cabo Verde tem uma tarefa muito especial para cumprir: assegurar a sobrevivência desta espécie nas suas águas costeiras e praias de areia. Se o consiguir, cumpre um dos seus deveres mais importante no domínio da Biodiversidade do Planeta!

Deixem Viver as Tartarugas!!!



sábado, 31 de março de 2012

Atividade 1 - O Valor da Biodiversidade



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A Biodiversidade, constitui uma grande importancia para o mundo natural, na medida em que é o garante da sobrivivência de todas as espécies de animais e de vegetais. Essa importancia traduz-se em valores associados aos bens e recursos ambientais, que podem ser valores intrínseco, ecológico, genético, social, económico, científico, educacional cultural, recreativo, estético, etc.

As motivações éticas e culturais relacionam-se sobretudo com a nossa consciência e com a nossa identidade biológica enquanto parte integrante da natureza. Devido à forte conexão espiritual entre o homem e a natureza, a existencia de sistemas naturais relativamente intactos revela-se issencial para o bem-estar espiritual das pessoas, sendo inclusivamente conhecidas as qualidades terapêuticas do contacto com a natureza. Por outro lado, a natureza tem sido, desde os primórdios da nossa existencia, a inspiração e a motivação para grande parte da nossa identidade cultural, espiritual e expressão artística.

De entre os serviços diretos prestados pela natureza, destaca-se os alimentos, as matérias primas usadas nas indústrias, os materiais de construções, lubrificantes e grande percentagem de produtos farmacêuticos derivam de compostos de origem vegetal ou animal. Contudo, as capacidades extraordinárias de transformação de compostos por microorganismos, o controlo de pragas agrícolas por predadores e parasitas naturais.

Mas também, no que se refere aos serviços indiretos ou ecológicos o leque é bastante vasto: o oxigénio que respiramos é produzido pelas plantas, e as mesmas constituem o alimento base de todas as cadeias alimentares.

O ciclo da água também depende exclusivamente da biodiversidade; a decomposição e reciclagem da matéria orgânica e a consequente manutenção da fertilidade do solo são feitas por seres vivos; cerca de 1/3 do alimento dos seres vivos depende da polinização pelas abelhas que asseguram a reprodução das plantas; os ecossistemas ajudam na limpeza do ar e da água, fornecem protecção contra inundação e tempestades, podendo ainda influencias regionalmente o clima.

Em relação à Biodiversidade Marinha, podemos destacar a importancia dos recifes de corais. Estes animais dão suporte e abrigo a uma variedade de comunidades marinhos, muitas delas de interesse económico direto, como os peixes, os polvos, as lagostas etc. Além de grande impotancia ecológica, a importancia dos recifes para o homem, direta ou indiretamnte é imensurável: produção de alimentos; protecção da costa; protecção climática; farmacêutico: odontologia; medicina e indústria de cosméticos; lazer etc.

Ressalta-se também a importancia da biodiversidade para o turismo, na medida em que a formação dos diversos ecossistemas existentes se diferencia exatamente pelas comunidades bióticas observadas no meio. Este ecossistema que, na maioria das vezes, influenciará a escolha dos destinos turísticos, uma vez que grande maioria do público alvo do turismo vem de grandes centros urbanos, espaços onde a biodiversidade é diminuta e os ecossistemas naturais, na sua maioria extintos.

http://www.ambiente.maiadigital.pt/
http://www.ncpam.com.br/
REFERENCIAS
- John e Stroup, Richard L. "Escassez de Recursos Naturais"
- David. "porque atribuir um valor à biodiversidade"?
- CAIA, comissão de acompanhamento Ambiental das infraestruturas
de Alqueva (2005). Programa de Gestão Ambiental do EFMA-PGA05. Lisboa

quarta-feira, 28 de março de 2012

Questões Básicas da Biodiversidade

A relação do homem com a natureza tem sido um exercício difícel desde tempos imemoriais.

Os nossos antepassados pré-históricos, encaravam a Natureza simultaneamente como uma Mãe Terra fecunda e providencial, como uma coleccção de ameaças de contornos mal compreendidos:

Com o advento de tecnologias revolucionárias como a agricultura, a escrita e as cidades, esta percepção mudou. A Natureza, ainda misteriosa, torna-se menos agressiva, e o homem assume o papel de topo da criação, simultaneamente usufrutuário e guardião da Natureza. É uma perspectiva que ainda hoje encontramos nas grandes religiões.

Com as revoluções industriais do carvão e do petróleo, a perspectiva inverteu-se. Durante cerca de dois séculos, a Natureza foi encarada pela tecnocracia dominante como algo a explorar e conquistar sem limites.

As catátrofes ambientais da segunda metade do século XX - poluição generalizada do ar e da água, marés negras, esgotamento de recursos naturais, desrtificação, perda de biodiversidade, alterações climáticas, prejuízos para a saúde pública e para a economia devidos a degradação ambiental, obriga-nos a mudar novamente de paradigma e a palavra de ordem torna-se DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.

Não ignorando a sua importancia, o homem tem sido directamente responsável pela delapidação da Biodiversidade, elevando as taxas de extinção para níveis centenas de vezes superiores às que ocorreriam naturalmente.



 
imagem de carvão vegetal

 

                                 

terça-feira, 27 de março de 2012

Atividade 1 - Conceiitos de Biodiversidade


Paisagem da Ilha Brava
                                 

A questão da biodiversidade, é um assunto preocupante que está cada vez mais presente no quotidiano das pessoas, sendo constantemente veiculada na comunicação social.


Biodiversidade ou diversidade biológica (grego - bios, vida) é a variedade da vida em todos os níveis, desde variações genéticas de uma mesma espécie até os diversos tipos de espécies, géneros, famílias etc. Nesses termos, ela também abrange a variedade dos ecossistemas que inclui tanto as comunidades de organismos em um ou mais habitats quanto às condições físicas em que vivem.
Ao definir biodiversidade, procura-se generalizar os tipos de vida e seus aspectos num mesmo conjunto, causando uma impressão de estabilidade e de imutabilidade. Este tem um fim didáctico mas é importante destacar que a verdadeira essência da vida e de toda a sua diversidade, consiste na incrível capacidade de evoluir continuamente, sempre esforçando para adaptar-se e assim garantir a sua sobrevivência para "usufruir" do acto de viver.

A biodiversidade, refere-se à variedade de vida no Planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna, de fungos macroscópicos e de microrganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, habitats e ecossistemas formados pelos organismos.

A biodiversidade refere-se tanto ao número (riqueza) de diferentes categorias biológicas quanto à abundância relativa (equitabilidade) dessas categorias. Imclui também a variabilidade ao nível local (alfa diversidade), complementariedade biológica entre habitats (beta diversidade) e variabilidade entre paisagens (gama diversidade). Inclui, assim, a totalidade dos recursos vivos, ou biológicos, e dos recursos genéticos, e seus componentes.

O termo diversidade biológica foi criado por Thomas Lovejoy em 1980, ao passo que a palavra biodiversidade foi usada pela primeira vez pelo entomologista E.O. Wilson em 1986, num relatório apresentado ao primeiro Fórum Americano sobre a divesidade biológica, organizado pelo Conselho Nacional de pesquisas dos EUA.

Não há uma definição consensual de Biodiversidade. Uma definição é: "medida da diversidade relativa entre organismos presentes em diferentes ecossistemas". Esta definição inclui diversidade dentro da espécie, entre espécies e diversidade coparativa entre ecossistemas.

Uma outra definição mais desafiante, é "totalidade dos genes, espécies e ecossistemas de uma região". Esta definição unifica os três níveis tradicionais de diversidade entre seres vivos:
       . diversidade genética - diversidade dos genes de uma espécie;
       . diversidade de espécies - diversidade entre espécies;
       . diversidade, incluindo todos os níveis de variação, desde o genético.

http://www.iambiente.pt/rea99/docs/26biodiv.
http://www.speco.fc.pt/revistaecologia_1pdf
REFERENCIAS
-  Almada C, 2000. O homem medieval e a biodiversidade.
  Lisboa: Museu Bocage.
- Rondelet G, 2002.(1558).Histoire entiére des poissns. Paris:CTHS.