sexta-feira, 20 de abril de 2012

Atividade 2 - Ameaças à Biodiversidade

As tartarugas marinhas


São répteis que vivem nos oceanos em áreas tropicais e subtropicais. Existem sete espécies de tartarugas marinhas: (tartaruga-oliva, tartaruga cabeçuda, tartaruga verde, tartaruga-de-pente, tartaruga-de-kemp,
tartaruga-de-couro e natator depressus).

O tamanho das tartarugas marinhas adultas pode variar de 1m até 2m de comprimento, caso da tartaruga-de-couro ou tartaruga gigante. Indivíduos adultos desta espécie podem atingir até 600kg.

Esses répteis alimentam-se, principalmente de medusas, camarões, esponjas e águas vivas.

Quase todas as espécies são migratórias e conseguem se orientar pelos pólos magnéticos do planeta.

As fêmeas atingem a maturidade sexual por volta dos 30 anos de idade. Nesta fase, ela retorna para a praia onde nasceu para depositar ovos. Estima-se que entre 100 filhotes nascidos, apenas um chegará a vida
adulta.

Possuem um comportamento solitário e vivem grande parte do tempo submersas nas águas do oceanos.

O acasalamento das tartarugas ocorre nas águas costeiras ou profundas dos oceanos.

Em função da caça predatória por vários anos, grande parte das espécies encontra-se em situação de extinção.



Protegida, mas ameaçada!

Apesar de estarem protegidas por diversas leis e convenções internacionais, as tartarugas marinhas enfrentam diversas ameaças, encontrando-se em grave perigo extinção. Em Cabo Verde, as principais ameaças naturais são a predação de ninhos pelos carangueijos; a inundação de ninhos pelas marés; gatos e corvos, para as tartaruguinhas; e tubarão para as adultas. No entanto, a tradição de consumir carne de tartaruga, a pesar de ilegal, é a principal ameaça das tartarugas em Cabo Verde. Trata-se de "atividade que a população local vem praticando desde a povoação das ilhas, e o consumo da carne de tartaruga faz parte da tradição.




São várias as ameaças À Biodiversidade

Ameaça às Tartarugas Marinhas

O Homem como predador

Em alguns Países, nomeadamente os lusófonos, ainda é hábito comum matar as tartarugas marinhas para se consumir a carne e usar a carapaça para ornamentos como pentes, pulseiras, anéis ou colares.
Geralmente as tartarugas são capturadas quando procuram a praia para desovar. A sua carne é ainda considerada como um afrodisíaco, sendo uma iguaria em muitas culturas. As tartarugas têm sofrido inúmeras ameaças, principalmente a partir de interferencias do homem, que vão desde a pesca incidental, à ocupação e  desenvolvimento desenfreado do litoral, até à degradação do meio ambiente, com vazamento de poluentes, resíduos químicos e lixo no solo, na atmosfera e nos oceanos.




Predadores naturais

Na natureza, as tartarugas marinhas enfrentam uma série de obstáculos durante o seu ciclo de vida na luta pela sua sobrevivência. Predadores tais como aves, cão, caranguejos e formigas alimentam-se de ovos e filhotes ainda no ninho ou quando emergem, assim como uma série de outros predadores quando iniciam a sua longa caminhada pelo oceano.
Após atingirem a maturidade, as tartarugas marinhas são relativamente imunes à predação, com excepção do ataque ocasional de tubarões ou orcas. É na época de desova, que as tartarugas marinhas se tornam mais vulneráveis, e podem ser atacadas pelo homem ou por outros animais. No entanto, existem muitas outras ameaças além das naturais, que poderão provocar a extinção das espécies. Para compreender o que realmente ameaça a sobrevivência das tartarugas, é importante controlar as acções dos seres humanos.






Turismo e ocupação do litoral

A implantação de grandes impreendimentos turísticos e o crescimento de áreas urbanas próximas das praias, têm vindo a provocar grandes alterações nas condições naturais das áreas de desova. Os principais problemas gerados por este tipo de ocupação são iluminação artificial, o sombreamento das praias, o transito de veículos, a criação de animais domésticos e a extracção mineral.
A reposição artificial de areia nas praias devido à erosão das mesmas, pode também ser um grave problema para as tartarugas marinhas, pois a areia ali colocada pode ter características diferentes que poderão interferir na construção de ninhos pelas femeas e no ambiente de incubação dos ovos. Os prédios altos e as plantações podem também aumentar significativamente o sombreamento nas praias de desova, diminuindo a temperatura média na areia, interferindo na proporção natural de filhotes que nascem.



Poluição luminosa

A presença de luzes artificiais lesivas, ou poluição luminosa, é uma ameaça para as femeas que procuram as praias para desovar, assim como para os filhos recém saídos do ninho. As tartarugas marinhas utilizam sinais visuais subtis, relacionados comparativamente com o brilho, em condições naturais do orizonte em alto mar, para se orientarem da praia para a linha de água. Pontos de luz, que sejam mais fortes que a luz natural refletida no mar, desorienta as tartarugas, não as permitindo alcançar o mar.




Atividade pesqueira


A modernização e a intensificação da atividade pesqueira, voltadas para o consequente aumento no esforço da captura, além de pressionar os ecossistemas marinhos tem acentuados os índices de captura incidental e a mortalidade das tartarugas marinhas. Muitas vezes as tartarugas emalham-se incidentalmente nas redes de pesca e acabam por morrer por afogamento, mutiladas pelas redes, ou por ingestão de anzóis.


As praias de areia das ilhas Cabo verdianas são o segundo local do Atlantico Norte para as posturas da tartaruga comum, e um dos mais importantes a nível mundial. Por isso, Cabo Verde tem uma tarefa muito especial para cumprir: assegurar a sobrevivência desta espécie nas suas águas costeiras e praias de areia. Se o consiguir, cumpre um dos seus deveres mais importante no domínio da Biodiversidade do Planeta!

Deixem Viver as Tartarugas!!!